No dia 07/07/2018, na Reunião Ordinária da Academia, realizou-se o primeiro Momento Literário-Filosófico, proposto pelo Presidente Eminente Acadêmico Roberto Ferracini Filho.
Consiste o Momento na apresentação - por um acadêmico inscrito - de um tema previamente divulgado aos membros da Academia, para as contribuições dos presentes à reunião. O primeiro tema proposto foi: Qual São João é o Padroeiro da Maçonaria?, apresentado pelo E.A. Flávio Luís Rostirolla.
Independentemente da análise, das contribuições feitas e dos argumentos a favor de um ou de outros Joões - e que não se esgotaram - considerados padroeiros, o tema inspirou o E.A. José Pierre Pinto de Bitencour à criação do magnífico poema que se segue:
JOÃO
Numa tarde de sábado
Reuniu-se a assembléia de notáveis
Com suas opiniões respeitáveis
Em torno de uma questão
Quem seria o João
Venerado pela Maçonaria
Patrono da Confraria
E centro da discussão
O Batista
Primeiro nominado
Tem seu nome lembrado
Pelos batismos no Jordão
Portador da anunciação
Da vinda do Salvador
Jesus Cristo Nosso Senhor
Foi batizado por João
Tem ainda a seu favor
A data de nascimento
A mesma do surgimento
Da Grande Loja Inglesa
24 de junho com certeza
Pode ser uma boa pista
De que o Santo Batista
Seria o João da proeza
Também como argumento
Por São João Batista
Foi sua morte por Antipas
Que cedendo à instigação
Trouxe a cabeça de João
Para a sobrinha Salomé
Frívolo capricho de mulher
Que acabou com a pregação
Outro João, o Evangelista
Escreveu no Livro da Lei
Era discípulo do Rei dos reis
Nosso Senhor Jesus
E é o brilho da Sua Luz
Como no equinócio e solstício
Que orienta o sodalício
Que a Maçonaria conduz
Os eventos solsticiais
Considerados pela Maçonaria
Eram festas pagãs que coincidiam
Com o nascimento do evangelista
27 de dezembro o solstício
Celebra o sol e a claridade
Pra que a escuridão se acabe
Tal maçônico exercício
E tem ainda o Esmoler
Completando a trindade
O João da caridade
Que abriu mãos da nobreza
Distribuiu sua riqueza
Em nome da hospitalaria
Objeto principal da Maçonaria
Esplendor da beleza
Tudo isso é o espírito do patrono
O nascimento para a nova vida
A difusão da história conhecida
E a prática da caridade
Sublime essência da bondade
Contida nesses homens santos
Não são três e nem tantos
Mas apenas uma Trindade
E assim se resolve a questão
Apenas João é o nome
Do sublime patrono
Da antiga Maçonaria
Ordem de símbolos e alegoria
Não importando a história
Mas o que fica na memória
De quem crê e confia
Autor: José Pierre Pinto de Bitencour
Cadeira 16 - Patrono: Nicola Aslan