Primogênito de quatro irmãos, de família
protestante, filho de ERNESTO DIENSTBACH e LUCIA DREHER DIENSTBACH, ele; caixeiro
viajante; ela, junto com seus irmãos, fundadores da cantina Dreher, responsável
pela elaboração do famoso conhaque.
Após se casarem fixaram residência na
cidade de Ivoti, onde Ernest chegou a ocupar o cargo de Subprefeito. Posteriormente
mudaram-se para São Leopoldo, quando Ernest passou a trabalhar na Prefeitura e
Lucia iniciou um pequeno comércio de armarinhos.
Carlos era técnico industrial,
especializado em borracha e outros materiais para confecção de solados para
calçados. Atuava também como projetista e desenhista de máquinas para artefatos
de borracha. Com diversos cursos na Europa, especializou-se em Mecânica, sendo
ele o responsável pelos maquinários nas empresas onde trabalhou.
Atuou ainda nas empresas Borbonite S/A
Indústria de Borracha, especializada em Comércio de Artefatos e Peças de
Borracha e na Amapá do Sul S/A Indústria de Borracha, também especializada em
artefatos e peças de borracha, ambas localizadas em Novo Hamburgo. Além disso,
prestava assessoria à várias empresas do setor calçadista e borracheiro.
Embora não tenha concluído um curso
superior de graduação, era chamado de engenheiro e detinha este cargo e
remuneração nas empresas por onde passou devido ao conhecimento profundo que
tinha de mecânica, pelos projetos realizados na área e pelos inventos criados.
Aliado a isso, Carlos detinha o respeito e admiração dos seus pares, uma vez
que a profissão só veio a ser regulamentada pela Lei 5.194, de 24 dez 1966.
Ao fazer tratamento dentário com o Doutor
Juchem, na cidade de Ivoti, conheceu a filha do odontólogo, Nelsi Maria Juchem,
com quem se casou em 26 de maio de 1951, na igreja católica.
Desta união tiveram quatro filhos: Suzana
Dienstbach, formada em educação Física e aeronauta, e seguindo os passos do
pai, como veremos adiante, atualmente tem como hobby a fotografia, Carlos
Leopoldo Dienstbach, falecido em 19 de janeiro de 2016 era Engenheiro Civil,
Renato Dienstbach que era técnico em eletrônica e Vera Lucia Dienstbach era
formada em Educação Física. Cinco netos, Jessica e Jordana, filhas de Renato,
Jefferson e Anderson, filhos de Vera Lucia e Otavio, filho de Carlos Leopoldo.
A esposa, Nelsi Dientstbach, no início da
união possuía um salão de beleza, no entanto, com a chegada dos quatro filhos,
passou a se dedicar exclusivamente a estes. Desencarnou em 11 de agosto de 2016.
A pesquisa surgiu
em sua vida quando sua busca pelo saber se juntou com ideia de construir a
arvore genealógica da família Dienstbach desde 1510, tendo inclusive ido para a
Alemanha pesquisar a parte anterior a 1824.
A pesquisa com relação a sua família,
aliada ao seu hobby, que era a fotografia, e a revelação em papel (inclusive
possuía um pequeno laboratório em sua casa), levaram Carlos a tomar gosto pela
pesquisa, e daí surgiu a ideia de escrever. Escrever e pesquisar.
Iniciado na Maçonaria em 2 de outubro de
1969, neto de Maçons, por parte paterna e materna de Irmãos que pertenceram às
antigas Lojas de São Leopoldo, Bento Gonçalves e Porto Alegre, galgou quase
todos os degraus do Grande Oriente do Rio Grande do Sul. Foi membro do
Instituto Histórico Maçônico do Rio Grande do Sul e da Academia Brasileira
Maçônica de Letras.
A Obra de Carlos Dienstbach, não é
propriamente uma coleção de livros de história, mas sim um trabalho de pesquisa
que teve por intuito, divulgar todas as lojas maçônicas que existiram nas mais
diversas épocas no Rio Grande do Sul, a começar pela loja “Philantropia e
Liberdade”, do Grande Oriente Brasileiro do Passeio, em Porto Alegre, em 25 de
dezembro de 1831, até as que estavam em funcionamento quando da edição dos
livros, em 1993, no Rio Grande do Sul.
Cabe uma ressalva sobre a obra, a
pesquisa de Carlos Dienstbach existe uma parcialidade nítida, não por sua
culpa, pois a documentação principal é originária do Grande Oriente do Rio
Grande do Sul, portanto, de uma das potências maçônicas presentes no Estado do
Rio Grande do Sul. Por outro lado, o autor esclarece que boa parte da
documentação referente ao Grande Oriente Unido desapareceu deixando a
descoberto parte da história da maçonaria brasileira e gaúcha. E que recorreu a
todas as Lojas existentes naquele momento no Estado, isto é, mais de 200 lojas
e foi enviado uma carta circular a primeira em novembro de 1990 e a segunda em
agosto de 1991, obtendo resposta de apenas 45 lojas, algumas enviando belos
trabalhos elaborados por irmãos e que foram importantes para execução da obra.
Para dar um sentido maior a sua obra, “A
Maçonaria no Rio Grande do Sul”, foi necessário recorrer aos boletins
maçônicos, onde foi anotado os nomes dos fundadores das lojas e o da diretoria
mais antiga encontrada. Para isto também foi necessário procurar dos arquivos
do Grande Oriente do Rio Grande do Sul e consultar as lojas da jurisdição para
as quais pedimos a colaboração fornecendo dados que porventura existissem em
seus bancos de dados.
Este trabalho se encerrou em 1993, e
resultou o livro A MAÇONARIA GAÚCHA: História da Maçonaria e das Lojas doo Rio
Grande do Sul, em quatro volumes, editado pela editora “A Trolha”, de Londrina,
no Paraná.
Foi Filiado a s loja “Rocha Negra”, do
Oriente de Montenegro, Loja
“Inconfidência” em São Leopoldo e Loja “Estrela do Oriente 3ª, também na cidade
de São Leopoldo..
Um dos fundadores na cidade de São
Leopoldo, das Lojas “Inconfidência II” e “Estrela do Oriente 3ª.
Durante sua vida maçônica, Carlos
Dienstbach foi condecorado com as seguintes medalhas e diplomas: TITULO INSIGNE, TITULO EMERITO, MED. ANTUNES RIBAS, MED.·.
“CRUZ DO PIRATINI, TITULO DE “MUI INSIGNE”, MED.·. “ESTRELA DO PIRATINI,-
“BENTO GONÇALVES” , RAMO DE ACÁCIA DE OURO , MEMBRO HONORARIO INSTITUTO HISTÓRICO, RECONHECIMENTO
MAÇONICO e MESTRE INSTALADO
Nos altos graus filosóficos o Carlos
chegou ao ápice do Rito Escocês Antigo e Aceito, recebendo o Grau de Grande
inspetor da Ordem, Grau 33, em 05 de dezembro de 1992.
Seguiu como membro ativo da Loja “Rocha
Negra”, até o dia 28 de maio de 2014, com 87 anos, passou para o Oriente Eterno.