Biografia de Carlos Diestach

Carlos DIENSTBACH, nasceu em 29 de novembro de 1927, na cidade de Bento Gonçalves, serra Gaúcha, e foi criado em uma infância saudável, época em que montava cavalos e praticava esportes, especialmente ginástica nas barras.

Primogênito de quatro irmãos, de família protestante, filho de ERNESTO DIENSTBACH e LUCIA DREHER DIENSTBACH, ele; caixeiro viajante; ela, junto com seus irmãos, fundadores da cantina Dreher, responsável pela elaboração do famoso conhaque.

Após se casarem fixaram residência na cidade de Ivoti, onde Ernest chegou a ocupar o cargo de Subprefeito. Posteriormente mudaram-se para São Leopoldo, quando Ernest passou a trabalhar na Prefeitura e Lucia iniciou um pequeno comércio de armarinhos.

Carlos era técnico industrial, especializado em borracha e outros materiais para confecção de solados para calçados. Atuava também como projetista e desenhista de máquinas para artefatos de borracha. Com diversos cursos na Europa, especializou-se em Mecânica, sendo ele o responsável pelos maquinários nas empresas onde trabalhou.

Atuou ainda nas empresas Borbonite S/A Indústria de Borracha, especializada em Comércio de Artefatos e Peças de Borracha e na Amapá do Sul S/A Indústria de Borracha, também especializada em artefatos e peças de borracha, ambas localizadas em Novo Hamburgo. Além disso, prestava assessoria à várias empresas do setor calçadista e borracheiro.

Embora não tenha concluído um curso superior de graduação, era chamado de engenheiro e detinha este cargo e remuneração nas empresas por onde passou devido ao conhecimento profundo que tinha de mecânica, pelos projetos realizados na área e pelos inventos criados. Aliado a isso, Carlos detinha o respeito e admiração dos seus pares, uma vez que a profissão só veio a ser regulamentada pela Lei 5.194, de 24 dez 1966.

Ao fazer tratamento dentário com o Doutor Juchem, na cidade de Ivoti, conheceu a filha do odontólogo, Nelsi Maria Juchem, com quem se casou em 26 de maio de 1951, na igreja católica.

Desta união tiveram quatro filhos: Suzana Dienstbach, formada em educação Física e aeronauta, e seguindo os passos do pai, como veremos adiante, atualmente tem como hobby a fotografia, Carlos Leopoldo Dienstbach, falecido em 19 de janeiro de 2016 era Engenheiro Civil, Renato Dienstbach que era técnico em eletrônica e Vera Lucia Dienstbach era formada em Educação Física. Cinco netos, Jessica e Jordana, filhas de Renato, Jefferson e Anderson, filhos de Vera Lucia e Otavio, filho de Carlos Leopoldo.

A esposa, Nelsi Dientstbach, no início da união possuía um salão de beleza, no entanto, com a chegada dos quatro filhos, passou a se dedicar exclusivamente a estes. Desencarnou em 11 de agosto de 2016.

A pesquisa surgiu em sua vida quando sua busca pelo saber se juntou com ideia de construir a arvore genealógica da família Dienstbach desde 1510, tendo inclusive ido para a Alemanha pesquisar a parte anterior a 1824.

A pesquisa com relação a sua família, aliada ao seu hobby, que era a fotografia, e a revelação em papel (inclusive possuía um pequeno laboratório em sua casa), levaram Carlos a tomar gosto pela pesquisa, e daí surgiu a ideia de escrever. Escrever e pesquisar.

Iniciado na Maçonaria em 2 de outubro de 1969, neto de Maçons, por parte paterna e materna de Irmãos que pertenceram às antigas Lojas de São Leopoldo, Bento Gonçalves e Porto Alegre, galgou quase todos os degraus do Grande Oriente do Rio Grande do Sul. Foi membro do Instituto Histórico Maçônico do Rio Grande do Sul e da Academia Brasileira Maçônica de Letras.

A Obra de Carlos Dienstbach, não é propriamente uma coleção de livros de história, mas sim um trabalho de pesquisa que teve por intuito, divulgar todas as lojas maçônicas que existiram nas mais diversas épocas no Rio Grande do Sul, a começar pela loja “Philantropia e Liberdade”, do Grande Oriente Brasileiro do Passeio, em Porto Alegre, em 25 de dezembro de 1831, até as que estavam em funcionamento quando da edição dos livros, em 1993, no Rio Grande do Sul.

Cabe uma ressalva sobre a obra, a pesquisa de Carlos Dienstbach existe uma parcialidade nítida, não por sua culpa, pois a documentação principal é originária do Grande Oriente do Rio Grande do Sul, portanto, de uma das potências maçônicas presentes no Estado do Rio Grande do Sul. Por outro lado, o autor esclarece que boa parte da documentação referente ao Grande Oriente Unido desapareceu deixando a descoberto parte da história da maçonaria brasileira e gaúcha. E que recorreu a todas as Lojas existentes naquele momento no Estado, isto é, mais de 200 lojas e foi enviado uma carta circular a primeira em novembro de 1990 e a segunda em agosto de 1991, obtendo resposta de apenas 45 lojas, algumas enviando belos trabalhos elaborados por irmãos e que foram importantes para execução da obra.

Para dar um sentido maior a sua obra, “A Maçonaria no Rio Grande do Sul”, foi necessário recorrer aos boletins maçônicos, onde foi anotado os nomes dos fundadores das lojas e o da diretoria mais antiga encontrada. Para isto também foi necessário procurar dos arquivos do Grande Oriente do Rio Grande do Sul e consultar as lojas da jurisdição para as quais pedimos a colaboração fornecendo dados que porventura existissem em seus bancos de dados.

Este trabalho se encerrou em 1993, e resultou o livro A MAÇONARIA GAÚCHA: História da Maçonaria e das Lojas doo Rio Grande do Sul, em quatro volumes, editado pela editora “A Trolha”, de Londrina, no Paraná.

Foi Filiado a s loja “Rocha Negra”, do Oriente de Montenegro,  Loja “Inconfidência” em São Leopoldo e Loja “Estrela do Oriente 3ª, também na cidade de São Leopoldo..

Um dos fundadores na cidade de São Leopoldo, das Lojas “Inconfidência II” e “Estrela do Oriente 3ª.

Durante sua vida maçônica, Carlos Dienstbach foi condecorado com as seguintes medalhas e diplomas:  TITULO INSIGNE,  TITULO EMERITO, MED. ANTUNES RIBAS, MED.·. “CRUZ DO PIRATINI, TITULO DE “MUI INSIGNE”, MED.·. “ESTRELA DO PIRATINI,- “BENTO GONÇALVES” , RAMO DE ACÁCIA DE OURO ,  MEMBRO HONORARIO INSTITUTO HISTÓRICO, RECONHECIMENTO MAÇONICO e MESTRE INSTALADO

Nos altos graus filosóficos o Carlos chegou ao ápice do Rito Escocês Antigo e Aceito, recebendo o Grau de Grande inspetor da Ordem, Grau 33, em 05 de dezembro de 1992.

Seguiu como membro ativo da Loja “Rocha Negra”, até o dia 28 de maio de 2014, com 87 anos, passou para o Oriente Eterno.