Academia

Fundada em 23 de setembro de 1999.
End: Rua General Vitorino, 53 - Cj. 22 – Bairro Centro Histórico
CEP 90020-171 | Porto Alegre–RS

(...) "A idéia da Academia surgiu de um encontro com o Irmão Fagundes por ocasião do 5º Encontro de Maçons do Mercosul em Gramado em abril de 1999. Por ser ele o verdadeiro mentor desta Instituição e por tudo que ele representa para seus Acadêmicos e, sem dúvida, representará para todos a quem pretendemos servir, por unanimidade, foi escolhido para ser o primeiro sócio Honorário da AMLERS.

Entrando na prática, o primeiro e mais importante dos esforços foi a busca de outros Irmãos. Ao completar o número suficiente marcamos a primeira reunião que ficou sendo o dia da fundação da Academia: 23 de setembro de 1999.
Nada é fácil no início. Nosso grupo dividiu tarefas, analisando e adaptando em detalhes os vários itens às nossas aspirações e circunstâncias, bem como outras providências administrativas.

Até aqui fizemos uma narração sumária do trajeto da criação de nossa Academia. O Irmão Fagundes e demais Acadêmicos que deram tudo de si para a sua concretização sabem o que ela significa e quanto ela é útil. A nossa distinta platéia e muitos Irmãos, no entanto, hão de estar curiosos e se perguntarem, tanto esforço para quê? Qual a finalidade da Academia? Qual a sua utilidade? Por que tanta empolgação?

Em primeiro lugar convém informar que a Academia, conforme o Art. 1º do seu Estatuto, é uma entidade civil e cultural. O termo civil nada mais é do que um adjetivo significando, em última análise, que está regulada por normas do Direito Civil. Logo, não tem caráter militar nem eclesiástico. O adjetivo cultural significa o relativo à ou próprio da cultura.

(...) O que significa isso? Significa que a extensão do termo “cultura” inserido no Estatuto da Academia permite a ela agir além dos limites em que a Maçonaria vem ultimamente pautando suas ações, sem abrir mão dos mesmos princípios que a caracterizam.

Como é sabido, dentro da Instituição Maçônica, engessados pelo ritual e outras disposições, os maçons, por exemplo, normalmente não falam em Política, ainda que não partidária, para supostamente não quebrar a harmonia da Loja, porém, quando fora dos Templos escondem suas idéias e opiniões a respeito de quase tudo, para não desgostar ou perder a amizade de algum Irmão, como se estivéssemos vivendo clandestinamente numa ditadura com medo de ser denunciado, ou sofrer restrições por qualquer mal-entendido com respeito a expressão de alguma idéia que não agrade ao rei ou a um sistema ilegalmente impositivo.

A Academia como instituição eminentemente cultural é, por princípio, uma instituição pluralista e não partidarista, na medida em que se interessa por todas as diferentes formas de interpretação da natureza, da sociedade e do homem, por meio de qualquer forma de Arte ou de Ciência. A única exigência é a fidelidade aos princípios basilares da Maçonaria norteados pela adesão irrestrita aos ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade para todos os povos sem exceção, a tolerância como princípio cardeal nas relações humanas e o cumprimento das normas democráticas na gestão de todos os seus negócios.

Quais são as finalidades da Academia? O Art. 2º do Estatuto engloba todas elas. Resumindo: difundir a cultura maçônica; congregar os maçons que se dedicam às letras em geral; romover toda sorte de eventos tais como pesquisas, conferências, palestras e congressos; colaborar com instituições congêneres; e, principalmente, reivindicar as justas aspirações afetas à cultura. Calcado neste último item pode, portanto, em tese, fazer ou intrometer-se em tudo que tiver condições para tal, sem qualquer restrição."(...)

(FONTE: PRONUNCIAMENTO DO PRESIDENTE DA AMLERS – 1999/2001 - Fernando Mariani)